Movimento dos continentes pode afectar automóveis autónomos

Os automóveis com tecnologia de condução autónoma têm um novo inimigo, a Natureza.

Depois de várias "vozes" terem vindo a público alertar para a necessidade de criar legislação que proteja os condutores deste tipo de veículos, de se terem levantado várias questões relativas à segurança e de ter acontecido o primeiro acidente fatal com um automóvel que tinha o "piloto automático" activado, os "autónomos" voltaram à ordem do dia.

Agora, a preocupação está relacionada com a actividade das placas tectónicas, que levam os vários continentes e respectivos países a movimentarem-se, fazendo com que as coordenadas tenham que ser constantemente actualizadas.

A Austrália, por exemplo, "mexeu-se" cerca de 1,52 metros nos últimos 22 anos, o que levou a que o país deixasse de estar sincronizado com os sistemas de GPS globais. De forma a corrigir esta situação, o governo australiano já confirmou que em 2017 vai actualizar a latitude e a longitude do país.

A placa tectónica onde a Austrália "assenta" é mesmo uma das mais "rápidas" do planeta, movimentando-se uma média de 7 cm por ano, o que obrigou a que o governo tivesse de actualizar as coordenadas do país 4 vezes nos últimos 50 anos, sendo que a última foi em 1994.

Por esta altura deve estar a pensar que 7 cm de diferença por ano ou 1,52 metros nos últimos 22 não será suficiente para causar problemas, mas a verdade é que esta alteração pode ser drástica para os sistemas dos automóveis autónomos.

É que neste momento, se estiver na Austrália e se fizer uma pesquisa no seu telemóvel ou numa qualquer aplicação de mapas, estaria cerca de 1,52 ao lado do que o dispositivo indica, e este "desvio" pode ser o suficiente para que o seu veículo autónomo o leve para uma via em contra-mão.

Em destaque